O País já enfrenta problemas com a
superlotação das cadeias. O que fazer com os adolescentes em conflito com a
lei, que já estão nas unidades de reeducação e que vão migrar para os presídios
junto com os adultos? Para o senador Demóstenes, essa questão é um problema do
Poder Executivo. “A superlotação de presídios não pode ser usada como desculpa
para que criminosos de alta periculosidade fiquem nas ruas. A superlotação tem
que ser resolvida, seja para os maiores de 18 anos, seja para os menores”,
explicou o senador.
Todos os adolescentes que cometem
infração têm um histórico de maus tratos. Essa violência sofrida por eles vem
da família, de vizinhos e até mesmo da escola. “Se na primeira infância a
criança recebe algum tipo de abuso, principalmente de alguém que faz parte do
seu vínculo afetivo, ela levará isso para toda a vida”, explicou Suzanne
Duppong, presidente da Organização Ministério Jesus Ama o Menor, que atua há
mais de 25 anos no Estado de São Paulo na recuperação de crianças, adolescentes
e jovens em conflito com a lei. O trabalho teve início em 1981, dando
assistência às unidades Raposo Tavares da FEBEM (Fundação para o Bem-Estar do
Menor).
Para Suzanne, que é teóloga e possui
especialização em Psicologia, a redução não seria a melhor opção. “Os países
que diminuíram a maioridade penal não tiveram um bom resultado de
reabilitação”. Creio que os adolescentes que cometeram atos graves devam
permanecer até os 21 anos em um programa semelhante aos 10% de unidades
remodeladas com o trabalho de aperfeiçoamento contínuo nas unidades da antiga
FEBEM, hoje Centro de Assistência Sócio-Educativa ao Adolescente (CASA)”,
afirmou. Para ela, o sistema carcerário brasileiro tem sido apontado de forma
geral como um programa não reabilitador na maioria das suas ações e unidades.
“Está difícil reeducar neste sistema que está sendo remodelado. Imagine jogar
um adolescente de 16 anos no sistema carcerário de adulto como o conhecemos. “Violência
não se enfrenta com mais violência.”, disse Suzanne.
Se aprovada a lei, serão mais 11 mil
detentos no sistema carcerário brasileiro. Os presídios já sofrem com o número
de detentos, que gera rebeliões e conflitos. Segundo dados do Conanda (Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), havia 15.426 jovens
cumprindo medida de internação nas unidades de recuperação do País, em agosto
de 2006.
Hoje o que presenciamos nas ruas ,são crianças fumando pedra ,antes eles
gerava cola.
Fica a pergunta como esses
adolescentes conseguem dinheiro para comprar drogas ?
Assistindo o vídeo abaixo pude mim pergunta ,como punir sem matar a fome ,sem dar Educação assistência medica e emprego para todos, ou vocês ajam que fome é só na africa.?